quarta-feira, abril 22, 2009

Perguntas idiotas, respostas PiPistas

"O que quer dizer com o mais rápidamente possível? Antes de q?"

"Quero dizer: o menor tf contido em
{x : x é um tempo imaginável} \ {x : x sendo tf faria o universo colapsar}."
-||-

"Como é que classifica? De 0 a 10, como é que classifica?"

"A classificação que já fiz é de π2, mas numa escala de eπi a i. Em resposta à sua pergunta: é só fazer as contas."

segunda-feira, abril 13, 2009

PiPismo na Estrada



Vindo daqui.

PiPismo e os Mistérios

'No período do Iluminismo, «mistério» passou a ser um «enigma», ou um «problema a resolver», o que desvirtuou – penso – o que hoje se entende por «mistério». Diria mesmo que é necessário recuperar o sentido de “mistério” nos dias de hoje. Sobre «mistério», li num livro de Denis Edwards [1] que o "«mistério»... aponta para aquela dimensão da experiência humana que escapa à compreensão, e transcende-nos totalmente" (p. 17). Mas li ainda que este "...horizonte do ser sem limite é aquilo que chamo de «mistério»" (p.20). Porém, pergunto: existe alguma forma de compreender um Mistério que, por definição, está para além da compreensão?



Penso que a resposta é "viver o Mistério". A raiz da compreensão do Mistério está na experiência humana da realidade como História (Pannenberg, [2]). Se o que é real é memória do passado, experiência do presente e um futuro que nos atrai, tudo o que encerra a totalidade do percurso da história do universo leva-nos a percepcionar que a realidade não é apenas o que materialmente existe, mas também tudo o que está para além da materialidade. Diz-nos Pannenberg que a «abertura ao mundo para além de si mesmo expõe o organismo à historicidade única da sua experiência de vida. Esta realidade histórica é, de facto, no seu sentido mais radical a vida própria do organismo e nunca pode ser adequadamente descrita simplesmente em termos do funcionamento das células vivas» (p.6)



A realidade como História é Mistério e se tomarmos em conta a contribuição da visão bíblica, apenas à luz do futuro é que podemos compreender o passado e o presente. Logo, redescobrir o valor do Mistério seria redescobrir a vida e a história que geram.'

Tudo vindo daqui.

Pedido de desculpas

quarta-feira, abril 01, 2009

O "Teorema" das 4 cores é falso!




«O "Teorema" das 4 cores tem uma longa história. E também uma longa história de pseudo-demonstrações falhadas, quer por amadores quer por grandes matemáticos. Tim "Nerd" Ragnar parece ter dado uma machadada fatal naquilo que se julgava ser uma demonstração correcta - demonstração a que, curiosamente, os matemáticos mais "puros" sempre torceram o nariz por ser uma demonstração assistida por computador (na verdade, a primeira deste género) e ser impossível a um ser humano verificá-la.


O problema das quatro cores data de 1852, quando Francis Guthrie, na altura estudante de liceu, estava a colorir um mapa dos condados de Inglaterra. Guthrie constatou que, com algum esforço, conseguia colori-lo com a condição de condados contíguos terem cores diferentes usando apenas 4 cores diferentes. Intrigado, foi perguntar ao irmão mais velho, Frederick, já na Universidade, se isto se passava com qualquer mapa.

Frederick Guthrie não conseguiu responder, e foi perguntar ao seu eminente professor em Cambridge, o célebre Augustus de Morgan, se sabia resolver o problema. De Morgan pensou, pensou... e a resposta era não. Tinha nascido o problema das quatro cores.

Aqui começa a história das débâcles matemáticas, que agora tem pelos vistos um novo episódio. A primeira referência na literatura matemática à conjectura das quatro cores deve-se a Arthur Cayley em 1878. Um ano depois aparece a primeira "demonstração" pelo matemático Kempe; o seu erro foi apontado por Heawood 11 anos depois.

Outra demonstração errada deve-se a Tait, em 1880; o erro no raciocínio foi apontado por Petersen em 1891. Durante estes peiodos a conjectura das quatro cores foi considerada um "Teorema", e é provavelmente por isso que as empresas de lápis de cor (e hoje em dia de canetas para transparências) vendem pacotinhos de 4, e não 3 ou 5, canetas: julgava-se que 4 cores eram suficientes.

Seguiram-se contribuições matemáticas importantes de Birkhoff, que permitiram a Franklin mostrar em 1922 que a conjectura das 4 cores é verdadeira para mapas com, no máximo, 25 regiões.

Mais tarde Heesch introduziu técnicas importantes em teoria de grafos (redutibilidade e descarga) que permitiram a outros matemáticos reduzir a análise do problema a um número finito (embora gigantesco) de casos. Em 1976 os matemáticos Hapel e Akken conseguiram reduzir os casos possíveis a pouco mais de dois milhares e colocaram um computador a verificá-los um a um.

O resultado foi a primeira demonstração assistida por computador. O problema das quatro cores é, assim, um Teorema, embora nunca nenhum ser humano isolado tenha conseguido construir uma demonstração "clássica".

É neste contexto que surge o extraordinário contraexemplo de Ragnar! Não sendo um matemático profissional (e auto-intitulando-se "Nerd"), coloca a circular o contra-exemplo acima de um mapa plano que não se consegue colorir apenas com 4 cores.

A comunidade matemática está chocada. Mais uma demonstração para o lixo. Mas agora com a certeza de que o resultado é falso!

O que se passou mal com esta pseudo-demonstração? Aparentemente há uma subtileza em teoria de grafos que faz com que, tecnicamente, o grafo do mapa apresentado possua vértices imersivamente reduzidos e tal que o grafo dual (harmonicamente conjugado) não possui esta propriedade. Ainda não é claro, na altura da escrita, como é que este facto passou despercebido na "demonstração" por computador. Mas passou!

Aparentemente, o mapa de Ragnar é o menor com esta propriedade patológica, e portanto o mais pequeno contra-exemplo. O leitor é cordialmente convidado a tentar colorir o mapa com 4 cores. Atenção: a região exterior ("oceano") também deve ser colorida com uma das 4 cores.»

Via De Rerum Natura