«Tenho 34 anos de vida e passei sempre uma parte muito considerável do meu tempo livre a passear pelo campo, em contacto com a vida animal e vegetal, uma coisa que me realiza e me faz sentir uma pessoa melhor. Em toda esta prolongada comunhão com a natureza, nunca vi um dinossauro de qualquer uma das inúmeras espécies registadas pela ciência no seu habitat natural e costumo deslocar-me a zonas muito remotas e praticamente intocadas pela presença humana, sabendo que são criaturas tímidas e que evitam o contacto com o Homem. Os meus pais também não se lembram de ter alguma vez visto um dinossauro e, questionando meus avós, só um deles me disse ter visto na infância uma criatura volumosa pastando numa encosta verdejante que poderia ser um brontossauro ou uma vaca. Por este andar, será muito difícil que os nossos filhos e netos tenham o gosto de fazer passeios campestres enriquecidos por encontros repentinos com tiranossauros ou outros grandes carnívoros. Para quem precisar de mais provas, vejam-se os números seguintes retirados da Wikipédia que sugerem uma descida acentuada e preocupante no número de animais:
Número de diplodocos avistados (uma das espécies mais comuns):
154.000.000 a.C. - Várias centenas de milhar
149.000.000 a.C. - Várias centenas de milhar
1941 d.C. - Zero
É urgente agir antes que seja tarde demais! »
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