A convergência pipista não se faz com base em imposições hierarquizadas de hábitos regidos por uma escala de valores, mas o pipismo parece suplantar a Toalha, uma vez que partindo de bases estáveis implícitas, consegue criar um conjunto sólido isto é, uma plataforma explícita sobre a qual todos os pipitistas e pipistas se podem movimentar. Neste âmbito as Toalhas Amarelas são a inegável inevitalidade indiscutível dos canais de televisão modernos. Exploraram uma área de coabitação, identificando o novo espaço pipista.
Naturalmente, reconheco a importância do espaço pipitista (vejam o post “Digamos que...” de 25 de Julho), mas critico o exagero actual, que pressupõe a obrigatoriedade de tudo estar no pipitismo. Se caminharmos neste sentido, só nos restará uma arma que, felizmente, já nos foi concedida pelo modelo democrático pipista de comunicação, proliferação, propaganda e tortura: o zapping, representante da vontade de a tudo a aceder e de tudo se proteger. Claro que também temos as toalhas amarelas de linho fino, bem como o pipismo em si mesmo. Ou a sua negação!
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