sábado, outubro 23, 2004

5 = 12

5 = 12

Mas será igual a muito mais.
Atentem neste diálogo em que um abençoado pelo Pipismo convence outro a juntar-se a este espaço:


Sobre o pipismo:

Pipista1: Join our cult!
[...]
Pipista2: Não me parece muito pipista
Pipista1: Ou talvez não!
Pipista2: A visão pipista é de q toda a acção tem o seu valor intrínseco
Pipista2: Ainda que esse valor seja a nulidade
Pipista2: Mas mesmo a nulidade tem o seu valor na grande escala das coisas
Pipista1: hmmm.. Sim e Não
Pipista2: Mas como vez, mesmo o talvez da negação tem este pesado valor, que a herança histórica nos obriga a não aceitar, ao mesmo tempo que o aceitamos
Pipista1: Ora aí está! Ao mesmo tempo na vanguardista alameda da utopia podemos negar a construção permanente e efémera de uma só tirada escatológica
Pipista2: Mas nessa alameda, quem diz que as tranversais não são o caminho mais rápido para um utopia, ainda que distópica, em que o certo e o menos certo se cruzam?
Pipista1: Ninguém o diz! E aí está a beleza da coisa.
Pipista2: Mas nessa beleza, sem qualquer estética, a orientação que apenas podemos encontrar no infinito de 2xpi parece insuficiente
Pipista1: Ora pois bem, mas a insuficiência é pipista por definição
Pipista2: E no entanto, o infinito tem, por definição, de preencher tudo
Pipista1: Não será antes o infinito um conjunto de visões neo-heideggerdianas subpletas de uma visão antropocêntrica? Não seremos nós o próprio infinito? E eu não conheço ninguém que se tenha conseguido preencher, num todo.
Pipista2: Mas preencher-se totalmente, de forma parcial, é aquilo que fazemos todos os dias
Pipista1: É verdade, mas como diria o outro: só sabemos que nada sabemos. Aí está a tautologia errónea que os pós-modernos aplicam. O pipismo, não, aplica-a numa vertente pragmática.
Pipista2: Mas mesmo aplicando essa falsa verdade de forma pragmática, apenas o podemos fazer de forma prático-teórica
Pipista1: Ora nem mais!

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