Em 26 de Maio de 2005, às 20:25, armakáu escreveu e publicou antes que se arrependesse:
«Eu sou o senhor do Sol. (democraticamente, claro)
Quem quiser directamente usufruir do Sol tem de me pagar uma taxa, por energia recebida. (reparar que não é preciso usufruir do Sol, basta querer usufruir para ter de pagar a taxa)
Quem usufruir indirectamente do Sol, tem que pagar uma taxa que eu considere adequada.
Quem pagar pode continuar a viver inutilmente a sua vida, de modo igual ao que tem vivido (embora sem o fardo do dinheiro)»
A PiPifrecia não foi esquecida.
Melhor, foi concretizada.
O tempo é uma ilusão e a operação Sol Platinado já começou. Atentem nas notícias recentes (no expresso, via Pancadas de meia noite):
«A estrela que nos ilumina, aquece e está no centro da nossa galáxia deve estar a sentir que perdeu toda a sua magnificência: a espanhola Angeles Durán foi a um notário e registou-se Como a dona do... Sol.
Vários funcionários de um cartório espanhol ficaram estupefactos quando Angeles Durán se lhes dirigiu para se registar como a proprietária, não de um veículo, muito menos de uma propriedade. Angeles Durán quer ser a proprietária do sol. Este Sol é mesmo o astro solar, para que não haja dúvidas.
Segundo o jornal "La Voz de Galicia", o notário riu-se depois das primeiras palavras saírem da boca desta espanhola. Depois recompôs-se, a tempo de ouvir Angeles Durán insistir: "Sou proprietária do Sol, estrela de tipo espetral G2, que se encontra no centro do sistema solar, situada a uma distância média da Terra de aproximadamente 149.600.000 quilómetros". Desconhece-se se o notário voltou a sorrir ou não.
Ao jornal espanhol esta mulher disse existir "um acordo internacional que impede qualquer país de ser o dono de planetas", mas esse acordo não se refere aos cidadãos. "Há um americano que é detentor de quase todos os planetas e da Lua, mas não do Sol".
Negócio solidário
Angeles Durán afirmou já se ter reunido com o Ministério da Indústria espanhol, a quem explicou querer cobrar uma taxa pelo uso da energia solar... A nível mundial.
"Se se paga pelos rios, porque não?", pergunta Angeles Durán, que já tem estabelecida a distribuição dos lucros de um eventual negócio à custa do Sol: 50% das receitas serão entregues para o Orçamento do Estado, 20% destinam-se às pensões mínimas, 10% para pesquisa e saúde, 10% para erradicar a fome e os restantes 10% vão para o seu bolso.
Só que há um problema legislativo na lógica deste negócio (decerto que haverá mais problemas noutras categorias diversas). Para esta espanhola, que mora em Salvaterra de Miño, junto à fronteira portuguesa, a dois quilómetros do concelho nortenho de Monção, se tornar a nova proprietária do nosso Sol, Angeles Durán tem de ver o seu pedido aprovado pelo Conservatório de Registo de Propriedade espanhol que, por acaso, não calha ter competências sobre o sistema solar.
Ao ler o artigo do jornal espanhol também se fica a saber que o despacho do pedido de Angeles Durán, entretanto aprovado pelo senhor que se riu dela, está agora na localidade de O Porriño, numa urbanização com o nome "El Sol".
Se alguém ficar ofendido com o absurdo da ideia desta mulher, ou apenas pelo facto de não ter tido esta ideia primeiro, e caso Angeles Durán se torne, de facto, na proprietária do Sol, será sempre de considerar a hipótese de lhe mover um processo na eventualidade de um escaldão ou uma insolação...»
Falta acertar uns detalhes, mas isto é o PiPismo em marcha!!
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