terça-feira, julho 10, 2007

Sobre os actos de fala: para uma abordagem pipista dos elementos analíticos pós-estruturalistas dos complexos identitários

Consideremos que:
1) A localização das significações do Outro são concorrentes das estratégias individuais de afirmação.
2) O campo simbólico dos jogos linguísticos é uma arena política por excelência.
3) O Reconhecimento do Outro é a autopoiesis.

O imaginário do self é um fruto da relação dialógica entre sujeitos ao nível libidinar ilusório, o que nos permite concluir que entre o id e o superego não se encontra mais do que a mera representção de um reconhecimento estereotipado. Neste sentido, a verdadeira liberdade não pode ser vivida nem através da acção nem através dos actos de fala, como tem sido categoricamente afirmado tanto pela escola anglo-saxónica da filosofia analítica como pela francesa dos pós estruturalistas.
Se eu de facto sou um outro na representação de si mesmo, então o souci de soi pipista não pode ser nem contemplativo nem proactivo. A acção performativa do sujeito entala-o entre o superego e o id, encerrando-o assim em si mesmo e limitando-lhe a liberdade. Se o sujeito falhado poderia ser vivido numa imagética do id, o Sobre-Homem Nietzschiano apenas pode ser encontrado se o Reconhecimento de mim passar pela aniquilação política do eu mais profundo.
A revolução não é portanto sinónimo de mudança, mas antes do re-estabelecimento de coordenadas societais que permitem a permanência das categorias num movimento ablativo para além ansiedade.
A permanência do turpor é condição sine qua non para a libertação pipista.

Post Scriptum: Acredito que este texto explique o meu prolongado silêncio.
Post Post Scriptum: Uni-vos e agi!... ou... Deixei a latência da libertação fazer-vos ascender do id ao superego!

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