sexta-feira, janeiro 13, 2006

A verdadeira originalidade está na criatividade com que se sintetiza a informação envolvente e alheia

Era, não era
Andava lavrando,
Estava de noite
Das trevas,
o Sol raiando

Sentado de pé,
num banco de pau,
feito de pedra
Um jovem ancião
Bondoso e mau

a ler um jornal sem letras,
à luz de uma vela apagada,
calado assim dizia:
"A terra é uma bola,
Uma bola quadrada

E o pobre do Fernando,
como aquele caracol,
que sobe tăo depressa,
por aquela parede abaixo,
no seu jeito mole

Bateu-lhe a desafornuada fortuna
e o bem-afortunado azar,
Quando e antes do nascimento,
sempre e nunca mais

Seu pai era morto,
Sua mãe por nascer.
Que havia o moço de fazer?
Deitou os bois ás costas,
Pôs o arado a correr.

Quis saltar o valado,
Saltou um arado.
Se não era cão
Mordia-lhe um cajado.

Entrou numa horta,
Viu um pessegueiro
Carregado de maçãs,
Tirou-lhe avelãs.

Veio o dono dos pepinos:
- Ó ladrão dos meus marmelos!
Atirou-lhe uma pedra,
Acertou-lhe num artelho,
Escorreu-lhe o sangue
Até ao joelho."

E o jovem ancião assim concluiu:
VIVA O PIPISMO!
URRA! URRA! URRA! U...

1 comentário:

Kurtz disse...

mas que pláno é este, meu?